Infelizmente, as varizes são, muitas vezes, desvalorizadas, sendo consideradas uma mera questão estética e, por isso mesmo, secundária, perdendo importância quando comparadas com outras doenças consensualmente consideradas graves e com taxas de mortalidade elevadas.

Porém, é essencial recordar que as varizes constituem muito mais do que um problema meramente estético, podendo ser causa de diversas complicações. Entre estas complicações será de destacar as alterações da pele – eczema de estase, fibrose subcutânea, hiperpigmentação (áreas de coloração castanha nas pernas) e úlceras de difícil cicatrização – e a ocorrência de tromboflebites que poderão, em alguns casos, evoluir para trombose venosa profunda e, numa situação extrema, para embolia pulmonar. Além disso, o impacto psicológico é muitas vezes significativo, não só por afectar a autoestima mas também pelo receio e ansiedade que provoca a ideia do seu agravamento.

O que causa o desenvolvimento de varizes?

São vários os factores de risco para o desenvolvimento de varizes. Muito importante é a história familiar. Além disso, há ocupações que, por obrigarem a estar muito tempo em pé, condicionam um maior risco para a ocorrência deste problema e seu agravamento.

Prática de desportos de alto impacto, toma de pílula anticoncepcional são outros factores de risco a considerar. A alimentação é igualmente importante: se quer evitar problemas vasculares, o melhor é apostar em alimentos ricos em fibras.

Descubra a radiofrequência, actualmente um dos métodos de eleição dos especialistas em cirurgia vascular

Apesar de poderem representar sérios problemas de estética e até de saúde, felizmente, as varizes podem ser eliminadas. Entre as diversas técnicas disponíveis, salienta-se a ablação com radiofrequência. Este método permite uma mais rápida e cómoda recuperação, sendo actualmente, um dos tratamentos mais utilizados em cirurgia vascular.

Trata-se de um procedimento pouco invasivo, que evita a tradicional incisão na prega da virilha e a remoção da grande veia safena. Assim, é minorado o risco de complicações como a formação de hematoma no trajecto habitual da veia. Com está técnica, a veia não é removida. Através da energia térmica produzida pela radiofrequência, a parede da veia é aquecida com o recurso a um cateter que é colocado no seu interior através de uma punção na perna. O aquecimento irá encolher as fibras de colagénio que compõem parte da parede do vaso e, desta maneira, o diâmetro da veia é reduzido e, simultaneamente, as proteínas do sangue são desnaturadas pelo calor, contribuindo para a eliminação do lúmen do vaso.

Nos 10 a 12 meses seguintes, a veia irá fibrosar por completo, tornando-se virtualmente invisível ao exame ecográfico, mesmo sem ter sido extraída.

Para saber mais sobre varizes, derrames e respectivos tratamentos, visite www.cirurgia-vascular.pt ou envie um e-mail para joana.carvalho@cirurgia-vascular.pt ou para sergio.sampaio@cirurgia-vascular.pt

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