Se é um dos cerca de 2 milhões de portugueses que sofre com a Doença Venosa Crónica (vulgo varizes), a especialidade de Cirurgia Vascular pode ter algo a oferecer-lhe. A melhoria estética é possível, mas mais importante, a sua saúde pode colher ganhos acuais e futuros. Um dos tratamentos atuais baseia-se na radiofrequência, uma técnica essencialmente não invasiva.
Quais as principais causas e sintomas das varizes?
. Esta patologia, uma das facetas da Doença Venosa Crónica, tem maior incidência no sexo feminino, mas também afeta o sexo masculino, ainda que em menor escala.
Entre os exemplo de fatores que influenciam o aparecimento e agravam as varizes estão a hereditariedade, a falta de atividade física, o excesso de peso, a alimentação pobre em fibras e os hábitos posturais. Quem, por exemplo, trabalha durante longos períodos em pé tem tendência a desenvolver com mais frequência este problema, e de forma mais grave.
A maioria das pessoas afetadas pela Doença Venosa Vascular diz notar uma sensação de cansaço geral nas pernas, inchaço, comichão e, por vezes, mesmo dor. Em casos mais graves, as varizes podem originar dermatites ou outras alterações cutâneas. As varizes são, ainda, um dos fatores mais frequentemente associados à ocorrência de tromboflebites.
Para quem é atingido por este incómodo e inestético problema, a equipa da Cirurgia Vascular oferece a possibilidade de tratamento com recurso à radiofrequência.
Existem diferenças entre varizes e derrames?
Sim, existem. Enquanto os derrames são dilatações de pequenos capilares na pele, as varizes são veias dilatadas que formam linhas sinuosas de localização subcutânea, provocadas pela alteração da estrutura das suas paredes. Os derrames são pequenos vasos sanguíneos, que podem apresentar tonalidades entre o vermelho, arroxeado ou azul, sob a forma de linhas muito superficiais.
Em que consiste o tratamento de radiofrequência?
A radiofrequência é um procedimento muito pouco invasivo para o tratamento de varizes e evita a clássica incisão na prega da virilha e respetivas complicações.
Esta técnica aproveita a energia produzida pela radiofrequência para aquecer a parede da veia, através de um cateter, que é colocado no seu interior. O aquecimento irá encolher as fibras de colagénio que compõem parte da parede do vaso. Desse modo, o diâmetro da veia é reduzido e, simultaneamente, as proteínas do sangue são desnaturadas pelo calor, de forma a eliminar o vaso. No período de 10 a 12 meses que se segue, a veia acaba por fibrosar completamente, tornando-se virtualmente invisível ao exame ecográfico, mesmo sem ter sido, de facto, extraída.
Para a equipa de médicos da Cirurgia Vascular, sempre que possível, este é um dos métodos de eleição no tratamento de varizes, pois não provoca desconforto significativo nem implica períodos longos de recuperação. A Cirurgia Vascular, ao ocupar-se deste problema, pode ajudá-lo a recuperar a autoestima e a ganhar uma nova qualidade de vida.
Fontes:
- Varicose veins – Symptoms & Causes (2019) – https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/varicose-veins/symptoms-causes/syc-20350643
- Understanding Varicose Veins – the Basics (2019) – https://www.webmd.com/skin-problems-and-treatments/understanding-varicose-veins-basics
- All you need to know about varicose vein pain (2017) – https://www.medicalnewstoday.com/articles/320359.php