As varizes dos membros inferiores são consensualmente reconhecidas como podendo ter consequências em vários planos.

Repercussões das Varizes na Saúde

Os problemas de saúde associados às varizes podem manifestar-se como complicações agudas mas também sob a forma de um agravamento progressivo e insidioso. Assim, alguém com varizes que as deixe entregues à sua história natural corre um risco maior de sofrer episódios súbitos como varicoflebites (trombose de uma variz, geralmente associada a francos sinais inflamatórios), mas pode igualmente ir registando alterações apenas percetíveis após algum tempo de evolução.

Sintomas como cansaço e sensação de peso e sinais como edema, de predomínio vespertino e estival, podem ir-se instalando e aumentando de intensidade, acabando por comprometer a qualidade de vida de modo considerável.

Constrangimentos Estéticos das Varizes

Este problema pode também provocar preocupações de imagem, especialmente no sexo feminino. A simples presença de varizes pode tornar-se facilmente algo de muito inestético pelo volume e/ou pela cor dos trajetos venosos anómalos.

A verdade, porém, é que a evolução da doença acaba por provocar alterações estruturais da pele de determinadas zonas das pernas, que podem ser permanentes. Essas áreas podem tornar-se pigmentadas, atróficas e fragilizadas, chegando mesmo a ulcerar em situações mais graves.

A Evolução no Tratamento das Varizes

Ao longo dos tempos, muito tem mudado no modo como a doença venosa é encarada.

Determinadas situações clínicas, nomeadamente envolvendo o sistema venoso profundo, tradicionalmente apenas geridas com recurso a fármacos, são hoje quadros em que uma atitude mais interventiva é por vezes contemplada.

Também o tipo de técnicas disponíveis para intervir nas varizes é hoje assaz variado, pelo que as terapêuticas que coexistem nos nossos dias são:

  • Cirurgia dita “clássica” de laqueação e exérese venosa;
  • Ablação endovenosa térmica (por laser ou radiofrequência);
  • Esclerose química ou mecânico-química;
  • Exclusão venosa pela injeção de substâncias adesivas.

Cada uma das técnicas apresenta características próprias, que podem torná-la mais adequada em função das variáveis anatómicas e pato-fisiológicas das varizes em causa, bem como do doente que para elas procura solução.

As várias dimensões que importa avaliar, bem como as diversas soluções que podem ter que ser discutidas, fazem desta patologia um desafio a encarar por uma estrutura que incorpore toda a tecnologia e know-how implicados nas fases de diagnóstico e terapêutica.

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Fontes: