Muitas das pessoas que têm varizes receiam o tratamento cirúrgico convencional e a sua longa e supostamente dolorosa recuperação. Assim, o tratamento é adiado, o problema agrava-se e os resultados da intervenção tardia tornam-se menos satisfatórios. No entanto, atualmente, existe um tratamento que pode obviar estas questões: a radiofrequência.

O que é a radiofrequência?

Pode dizer-se que a ablação por radiofrequência é a grande alternativa ao tradicional stripping da veia safena, que é um método que consiste na extração desta veia. Ao contrário deste tratamento, a radiofrequência é um método minimamente invasivo de tratamento da insuficiência da veia safena, evitando a dissecção cirúrgica da região inguinal (virilha) que, para além de poder acarretar complicações locais, pode comprometer a drenagem linfática da parede abdominal e dos membros inferiores.

A radiofrequência recorre ao aquecimento da parede da veia, através de um cateter aplicado no seu interior, que vai provocar a redução das fibras de colagénio, diminuindo o diâmetro da veia e obliterando o vaso.

A eficácia deste tratamento é elevada, acompanhando-se de uma recuperação mais rápida e confortável para o doente.

Quem pode fazer este tratamento?

Em princípio, a radiofrequência é adequada à maiorias pessoas. No entanto, é sempre importante a avaliação prévia numa consulta de cirurgia vascular, para que seja possível planear o tratamento mais adequado a cada caso.

Quando se pensa numa cirurgia, um dos principais receios dos pacientes prende-se com o método anestésico, pelo que esta consulta é também uma forma de, em conjunto com o médico, selecionar a anestesia mais adequada. É, no entanto, importante referir que a anestesia local é, na maior parte das situações, a opção mais correta – porque permite o permanente acompanhamento do paciente e uma recuperação mais célere.

A radiofrequência acarreta riscos?

É muito rara a ocorrência de quaisquer complicações no tratamento por radiofrequência.

Excecionalmente, alguns doentes podem sentir, durante a segunda ou terceira semana após o tratamento, um ligeiro incómodo quando esticam ou dobram a perna tratada – mas que desaparece ao fim de alguns dias, correspondendo no fundo à tradução de um processo inflamatório que ocorre aquando da cicatrização subcutânea da veia intervencionada.

Como se pode facilmente perceber, a radiofrequência é um dos métodos de eleição dos nossos profissionais no tratamento da insuficiência das veias safenas, permitindo uma recuperação rápida e confortável.

É importante lembrar que as varizes, quando não tratadas, evoluem de forma negativa. Este percurso clínico caracteriza-se por uma velocidade variável de pessoa para pessoa mas é inexorável. Os estadios mais avançados da doença facilmente comprometem a vida pessoal e profissional. Não estamos assim perante um problema menor.

Procure ajuda junto da Cirurgia Vascular, preservando ou recuperando uma qualidade de vida que esta doença pode pôr em causa.

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